ORIENTAÇÕES PARA PACIENTES COM ENDOMETRIOSE
- Orlando Montefusco
- 10 de jan.
- 2 min de leitura
A endometriose é uma doença inflamatória crônica que afeta milhares de mulheres em idade reprodutiva, podendo impactar significativamente a qualidade de vida devido a sintomas como dor pélvica, infertilidade e alterações intestinais e urinárias. Seguem orientações detalhadas para um manejo adequado e personalizado:
1. Compreensão da Doença
A endometriose ocorre quando o tecido semelhante ao endométrio cresce fora do útero, formando lesões, cistos (endometriomas) e aderências.
Comum em ovários, trompas, intestino, bexiga e em casos mais raros, em outras regiões do corpo.
Não existe cura definitiva, mas o controle dos sintomas é possível com acompanhamento médico adequado.
2. Principais Sintomas
Dor pélvica cíclica ou crônica.
Dismenorreia intensa (cólicas menstruais severas).
Dispareunia (dor durante a relação sexual).
Alterações intestinais (diarreia, constipação ou dor ao evacuar).
Infertilidade ou dificuldade para engravidar.
Fadiga e distúrbios emocionais.
3. Diagnóstico e Exames Necessários
Consulta clínica detalhada e avaliação dos sintomas.
Exame de imagem: ultrassonografia com preparo intestinal, ressonância magnética pélvica e videocolposcopia para lesões cervicais.
Laparoscopia diagnóstica em casos mais complexos.
4. Tratamentos Disponíveis
4.1. Tratamento Medicamentoso
Antiinflamatórios: para reduzir a dor.
Progestagênos: como dienogeste, gestrinona (em implantes ou via oral), e outros moduladores hormonais.
Contraceptivos hormonais combinados: indicados para algumas pacientes.
4.2. Tratamento Cirúrgico
Cirurgia conservadora: remoção de lesões preservando órgãos.
Histerectomia e excisão radical: em casos mais graves e refratários, com consenso e planejamento.
5. Mudanças de Hábitos de Vida
Alimentação Anti-inflamatória:
Consumo de alimentos ricos em ômega-3 (peixes, linhaça, chia).
Reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, açúcares refinados e laticínios em excesso.
Atividade Física Regular:
Exercícios leves a moderados ajudam na redução da dor e melhoram a circulação sanguínea.
Gestão do Estresse:
Práticas como yoga, meditação e técnicas de respiração contribuem para o controle dos sintomas.
6. Fertilidade e Gravidez
O planejamento reprodutivo é fundamental.
Tratamentos de reprodução assistida podem ser indicados em casos de infertilidade.
7. Acompanhamento Multidisciplinar
Importância do suporte de outros profissionais:
Nutricionista especializada: para ajuste alimentar adequado.
Fisioterapeuta pélvico: para fortalecimento e relaxamento muscular.
Psicólogo: para suporte emocional e terapia cognitivo-comportamental.
8. Implantes Hormonais
Solução personalizada para mulheres que não respondem bem aos tratamentos convencionais.
Gestinona pode ser considerada, sempre com monitoramento rigoroso.
9. Monitoramento Contínuo
Realização periódica de exames de controle.
Acompanhamento regular para avaliar a eficácia do tratamento e ajustes quando necessário.
10. Orientações Gerais
Relatar qualquer piora dos sintomas.
Não interromper tratamentos sem orientação médica.
Manter-se informada e seguir um plano de cuidados que priorize o bem-estar.
Com um acompanhamento especializado e um plano terapêutico individualizado, é possível obter uma melhor qualidade de vida. Em caso de dúvidas, entre em contato para que possamos ajustar suas condutas e sanar qualquer questionamento. Fone: (62) 98208-7797



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