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ORIENTAÇÕES PARA PACIENTES COM ENDOMETRIOSE


A endometriose é uma doença inflamatória crônica que afeta milhares de mulheres em idade reprodutiva, podendo impactar significativamente a qualidade de vida devido a sintomas como dor pélvica, infertilidade e alterações intestinais e urinárias. Seguem orientações detalhadas para um manejo adequado e personalizado:

1. Compreensão da Doença

  • A endometriose ocorre quando o tecido semelhante ao endométrio cresce fora do útero, formando lesões, cistos (endometriomas) e aderências.

  • Comum em ovários, trompas, intestino, bexiga e em casos mais raros, em outras regiões do corpo.

  • Não existe cura definitiva, mas o controle dos sintomas é possível com acompanhamento médico adequado.

2. Principais Sintomas

  • Dor pélvica cíclica ou crônica.

  • Dismenorreia intensa (cólicas menstruais severas).

  • Dispareunia (dor durante a relação sexual).

  • Alterações intestinais (diarreia, constipação ou dor ao evacuar).

  • Infertilidade ou dificuldade para engravidar.

  • Fadiga e distúrbios emocionais.

3. Diagnóstico e Exames Necessários

  • Consulta clínica detalhada e avaliação dos sintomas.

  • Exame de imagem: ultrassonografia com preparo intestinal, ressonância magnética pélvica e videocolposcopia para lesões cervicais.

  • Laparoscopia diagnóstica em casos mais complexos.

4. Tratamentos Disponíveis

4.1. Tratamento Medicamentoso

  • Antiinflamatórios: para reduzir a dor.

  • Progestagênos: como dienogeste, gestrinona (em implantes ou via oral), e outros moduladores hormonais.

  • Contraceptivos hormonais combinados: indicados para algumas pacientes.

4.2. Tratamento Cirúrgico

  • Cirurgia conservadora: remoção de lesões preservando órgãos.

  • Histerectomia e excisão radical: em casos mais graves e refratários, com consenso e planejamento.

5. Mudanças de Hábitos de Vida

  • Alimentação Anti-inflamatória:

    • Consumo de alimentos ricos em ômega-3 (peixes, linhaça, chia).

    • Reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, açúcares refinados e laticínios em excesso.

  • Atividade Física Regular:

    • Exercícios leves a moderados ajudam na redução da dor e melhoram a circulação sanguínea.

  • Gestão do Estresse:

    • Práticas como yoga, meditação e técnicas de respiração contribuem para o controle dos sintomas.

6. Fertilidade e Gravidez

  • O planejamento reprodutivo é fundamental.

  • Tratamentos de reprodução assistida podem ser indicados em casos de infertilidade.

7. Acompanhamento Multidisciplinar

  • Importância do suporte de outros profissionais:

    • Nutricionista especializada: para ajuste alimentar adequado.

    • Fisioterapeuta pélvico: para fortalecimento e relaxamento muscular.

    • Psicólogo: para suporte emocional e terapia cognitivo-comportamental.

8. Implantes Hormonais

  • Solução personalizada para mulheres que não respondem bem aos tratamentos convencionais.

  • Gestinona pode ser considerada, sempre com monitoramento rigoroso.

9. Monitoramento Contínuo

  • Realização periódica de exames de controle.

  • Acompanhamento regular para avaliar a eficácia do tratamento e ajustes quando necessário.

10. Orientações Gerais

  • Relatar qualquer piora dos sintomas.

  • Não interromper tratamentos sem orientação médica.

  • Manter-se informada e seguir um plano de cuidados que priorize o bem-estar.

Com um acompanhamento especializado e um plano terapêutico individualizado, é possível obter uma melhor qualidade de vida. Em caso de dúvidas, entre em contato para que possamos ajustar suas condutas e sanar qualquer questionamento. Fone: (62) 98208-7797

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